As regiões Vale do Sinos e Encosta da Serra elegeram suas demandas prioritárias para o setor industrial durante o primeiro encontro do projeto Rota FIERGS, que tem como objetivo promover a interiorização do Sistema FIERGS. O workshop destinado à identificação das necessidades de cada uma das localidades ocorreu na segunda-feira (5), após o lançamento da iniciativa, no Espaço Cosmos da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo.
Para definir essas prioridades, o evento reuniu sindicatos e lideranças regionais do Vale do Sinos e da Encosta da Serra — ambas as localidades abrangem, conforme a divisão adotada pela entidade, 30 municípios e mais de 9 mil indústrias. Após duas horas de uma dinâmica de debates, cada região identificou os pontos fundamentais para garantir o desenvolvimento de suas indústrias nos próximos anos.
“O objetivo do projeto de interiorização é fazer com que o Sistema FIERGS esteja presente de forma integrada e amplie o atendimento das demandas de cada uma das regiões do estado. Essas prioridades das regiões agora são prioridades do Sistema FIERGS, vamos buscar torná-las realidade”, destacou o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier.
No Vale do Sinos, foram elencadas quatro demandas prioritárias:
- Reter profissionais nos setores de mobiliário e construção, com foco em jovens de 20 a 30 anos, até 2026. Como resultado, espera-se uma redução de 20% ao ano na migração para outro setor.
- Atualização tecnológica de infraestrutura de educação profissional e de tecnologia na área da borracha, com o objetivo de ampliar o número de matrículas para 200 ao ano e os atendimentos de tecnologia para 3 mil por ano até 2026.
- Construir um porto de carga e um aeroporto internacional de carga em Nova Santa Rita para facilitar a logística exportadora e importadora até 2027.
- Captar jovens talentos para a indústria por meio de programas de contraturno do Sesi-RS e do Senai-RS nos 10 municípios da região, com estimativa de atingir 200 alunos por município até 2026.
Já a Encosta da Serra definiu três prioridades:
- Implementar um programa de retenção de talentos na indústria de calçado e vestuário, formando 5 mil jovens de até 24 anos, até 2026.
- Desenvolver mão de obra técnica e química na área de galvanoplastia para 50 profissionais em Sapiranga e Novo Hamburgo até 2026.
- Promover missões e exposições em feiras para abertura de novos mercados para as empresas calçadistas, buscando ampliar o volume de exportações de 20 a 25%.